A vida é fluxo e esta é uma constatação tão antiga quanto a Humanidade. Como já dizia Heráclito de Éfeso: “Ninguém entra em um mesmo rio uma segunda vez, pois quando isso acontece já não se é o mesmo, assim como as águas que já serão outras.”
Embora o ser humano tenha o teimoso hábito de se enxergar enquanto uma criatura apartada da natureza, somos um só: seres integrados em um mesmo grande sistema que anima o planeta.
Mas o que significa dizer que tudo está em constante movimento? Qual é a relação entre o movimento, a natureza e a mente e, indo além: o movimento é uma expressão da mente, a mente é uma fonte de movimento ou a natureza faz o movimento e, assim, estimula a mente?
Mais do que nunca, as respostas aceleram mais rápido que as perguntas. O evento mais movimentado do Museu possibilitará, por meio de suas oficinas, que pais e filhos experimentem essa força motriz que dita o ritmo das nossas vidas. Em 2024, o tema do Museu Vivo 2024: MOVIMENTO E NATUREZA
Mover-se é existir; é sentir a vida pulsar e se revela de diversas maneiras. Está no vento que sopra às águas que correm, nas folhas que caem aos pássaros que voam. Determina as leis das físicas ao reger as mudanças de posição ou estado de um objeto. Está na força invisível que coloca em marcha o movimento da mente, nos fazendo evoluir através do criar e do inventar, colocando corpo e alma no mesmo compasso.
Nas artes, o movimento é expressão e pode ser usado para evocar emoções, contar uma história ou transmitir uma mensagem. Na dança, a mobilidade é usada para expressar sentimentos e tecer narrativas através da coreografia. Na música, o movimento do ritmo e da melodia é matéria-prima para criar diferentes atmosferas e provocar reações específicas nos ouvintes. Na pintura, a textura e a pincelada podem sugerir movimento e profundidade, adicionando dimensão e realismo à obra.
É com o objetivo de explorar essas todas as vertentes e nuances do movimento e natureza tendo a arte como fio condutor que o Museu recebeu pais e alunos para o Museu Vivo deste ano. Fizemos do movimento a raiz da mudança e de uma relação mais próxima com a natureza que nos cerca.
A transformação aconteceu: assim como não se entra no mesmo rio uma segunda vez, ninguém saiu deste evento da mesma forma que chegou.