A arte tem o poder de ressignificar a vida através de metáforas. Em 2024, a relação entre homem e natureza tem sido o mote para os eventos e atividades na escola, dando conexão e sentido a tudo o que realizamos, do início ao final do ano.
Para o Dia das Mães, a escolha da sumaúma enquanto metáfora para a força e grandiosidade do amor materno se mostrou evidente desde o início. Sua imagem já dispensa palavras. Ainda mais simbólico que a espécie em si, é o local onde ela se faz rainha: na Floresta Amazônica, coração do Brasil e, em muitos aspectos, coração do mundo.
Nas últimas semanas, a relação entre homem e natureza ganhou, infelizmente, cores dramáticas. Nenhuma metáfora deu conta da brutalidade que a força da água impôs a um estado inteiro, deixando evidente que a relação homem-natureza precisa ser repensada.
Como sumaúmas que acolhem e alimentam muito mais do que seus próprios frutos, estendemos nossos galhos para, mesmo à distância, amparar e suportar o outro.
Hoje, celebramos o amor materno da maneira menos literal possível, pois o constatamos muito além da relação individual entre mães e filhos.
Celebramos o amor, a resiliência e a mobilização que não se estende apenas aos filhos, mas se alimenta de sua relação com eles; essa ligação tão íntima e elementar tem poder de mover e mudar o mundo. As mães sumaúmas fazem de suas casas, nossa escola e nosso país lugares melhores e, por isso, devem sempre ser celebradas.