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Promovendo a paz: do Museu para o mundo

Tradicionalmente, a chegada de um novo ano desperta o desejo por paz, esperança e conciliação; o desafio, no entanto, é manter este espírito vivo em meio à adversidade. O ano de 2023 foi particularmente complexo nesse sentido: dos casos de violências em escolas aos conflitos em escala global, em muitos momentos, a paz parecia uma utopia cada vez mais distante de nós.

               Para transformar o mundo, é preciso mudar a si mesmo – e seu entorno.  A pedagogia da paz não passa somente pela educação formal, mas principalmente pelo aprendizado de habilidades e atitudes socioemocionais num processo conduzido pelo amor, pela empatia e pela compaixão. Quando a Unesco propõe a Educação para Cidadania Global, ou ECG, enquanto componente curricular, a ideia é que seus impactos sejam muito maiores que a sala de aula. Assim, não foi por acaso que o tema desenvolvido nas aulas de Investigação Cidadã do projeto Witty Cat em 2023 foi Promoção da Paz.

               O propósito das aulas foi identificar e estimular os promotores da paz que frequentam o projeto Witty Cat. Através de diversas estratégias – vídeos, dinâmicas, jogos, composição de músicas, dramatizações, trabalhos em grupo e afins – os alunos percorreram uma trajetória para que ativassem percepções e capacidades que os tornassem pessoas mais habilitadas a resolverem conflitos, promoverem mudanças, identificarem situações problemáticas e se regularem nas circunstâncias tensas que vivenciam. Para tanto, foram utilizados principalmente repertórios e situações do próprio universo dos alunos: eles puderam reconhecer a si mesmos e aos outros, adquirindo instrumentos para agir positivamente e promover a paz.

Não foi fácil. Promoção da paz é trabalho árduo: demanda energia, determinação, concentração e tempo. Ninguém pode ser um promotor da paz sem o apoio de outros ao seu redor. O desafio foi justamente engajar e fazer os jovens refletirem nos dilemas que aparecem em seu próprio cotidiano. São situações que os colocam em posições delicadas de exclusão, bullying, racismo, nas quais eles precisam se indispor com colegas, olhar para dentro, se impor, fazer escolhas e ter muito claras quais são suas consequências. São questões que demandam compaixão, colaboração e coragem para se serem enfrentadas.

Aos poucos, os estudantes foram desenvolvendo mecanismos para identificar elementos que não colaboram com a paz e aprenderam a construí-los; não só na escola, mas em outros aspectos da vida. Como concretização desta experiência, nasceram produtos: dois jogos e uma maquete, símbolos expressos da importância que a construção da paz tem no Museu e no mundo.